MANIPULAÇÃO NEURAL

Desenvolvidas pelos osteopatas franceses, Jean-Pierre Barral e Alain Crobier, as técnicas avançadas de MANIPULAÇÃO NEURAL têm como objetivo ajustar a pressão intraneural, promovendo a harmonização de toda a extensão do nervo.

As técnicas são focadas em liberar o espaço ao redor das estruturas neurais e vasculares, permitindo o fluxo sanguíneo normal para os tecidos. É esse fluxo sanguíneo que faz com que os nutrientes e oxigênio alcancem as células e os resíduos sejam removidos, facilitando, dessa forma, a capacidade de o corpo se autocorrigir.

Manipulação neural é indicada para vários distúrbios que atingem diversos sistemas do corpo. Entre elas estão: nevralgia, neurite, paralisia e neuropatia causada mecanicamente, síndrome de tunelamento ou gargalo (por exemplo, síndrome do túnel do carpo), síndrome de Morton, dor pós-zóster, condições do sistema nervoso central e sensorial (Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, AVC), tensão da dura-máter, fixações diuréticas e suturais , otite, paralisia facial e hemiplegia. É também recomendada para disfunções do sistema osteoarticular, como mobilidade limitada, inflamação de cápsulas (sinovite e capsulite), tendinite, dor reumática, entorses e lesões traumáticas, facetas articulares, encurtamento muscular, lesão por chicote, enxaqueca, vertigem, sinusite, lesões ao nascimento, próteses dentárias e ortodontia.

NEUROPATIA DIABÉTICA

A NEUROPATIA DIABÉTICA é uma alteração nervosa provocada pelo diabetes. Com o passar do tempo, portadores da doença podem sofrer com lesões nos nervos e impulsos nervosos, assim como na área enervada.

Nem todas as pessoas que sofrem com Neuropatia Diabética apresentam sintomas, porém é comum manifestar quadro de dor, formigamento ou diminuição da sensibilidade nos membros superiores e inferiores. Além desses, outros órgãos podem ser atingidos, como o sistema digestório, coração e órgãos reprodutores.

São conhecidos 4 tipos de Neuropatia Diabética. Algumas pessoas apresentam sintomas de apenas um tipo, mas há casos de pacientes que manifestam sintomas de vários tipos simultaneamente.

  • NEUROPATIA PERIFÉRICA: entre os tipos de Neuropatia Diabética, é a mais comum. Acomete as extremidades do corpo (pés, pernas, mãos e braços).
  • NEUROPATIA AUTONÔMICA: atinge o Sistema Nervoso Autônomo, que coordena o coração, bexiga, pulmões, estômago, intestinos, órgãos sexuais e olhos. Nesse caso, o nervo de qualquer uma dessas áreas pode ser afetado pelo diabetes.
  • AMIOTROFIA DIABÉTICA: acomete os nervos das coxas, quadris e nádegas. É conhecida também como
  • NEUROPATIA FEMORAL ou NEUROPATIA PROXIMAL. Normalmente, acomete pacientes adultos mais velhos que apresentam diabetes tipo 2.
  • MONONEUROPATIA: acomete um nervo específico, podendo ser na face, tronco ou perna. Conhecida também como NEUROPATIA FOCAL, na maioria das vezes acontece repentinamente, sendo mais comum em adultos mais velhos. Pode acarretar quadro de dor intensa, porém, normalmente, não apresenta maiores problemas a longo prazo. Ocasionalmente, a Mononeuropatia é causada pela compressão do nervo, sendo a Síndrome do Túnel do Carpo um tipo comum de compressão de neuropatia em portadores de diabetes.

 

Dependendo do tipo de Neuropatia Diabética, as CAUSAS serão diferentes. Contudo, é uma combinação de fatores que provocará o prejuízo aos nervos, como por exemplo:

  • Aspectos neurovasculares (danificam os vasos sanguíneos, os quais são responsáveis pela oxigenação e nutrição dos nervos);
  • Aspectos metabólicos (glicemia elevada, diabetes de longo tempo, taxas de gordura no sangue acima do normal, taxa de insulina baixa);
  • Aspectos autoimunes causadores de inflamação dos nervos;
  • Prejuízos mecânicos aos nervos, como por exemplo a Síndrome do Túnel do Carpo;
  • Fatores hereditários;
  • Uso de álcool e tabagismo.

Como a Osteopatia pode ajudar o paciente com Neuropatia Diabética?

O osteopata, através de técnicas avançadas de Osteopatia, manipulará o nervo afetado, liberando o músculo e as fáscias por onde esse nervo passa. Dessa forma, haverá redução dos sintomas apresentados.
É conveniente que o paciente seja sempre assistido por uma equipe multidisciplinar (Fisioterapeuta, nutricionista, médico).

SÍNDROME DE ARNOLD-CHIARI TIPO 1: VOCÊ CONHECE?

 

A Síndrome de Arnold-Chiari Tipo 1 é uma má formação do crânio de origem congênita. Ocorre no local de junção do pescoço e cabeça quando o cerebelo penetra no canal cervical. Esta síndrome está diretamente ligada à dificuldade de circulação do líquido encefalorraquidiano, o líquor, que encobre todo o Sistema Nervoso Central (crânio e canal cervical). O mau funcionamento da sua circulação provocará uma série de sinais e sintomas.

A síndrome se manifesta também em pessoas sem qualquer deformidade, sendo resultado de outras patologias. No entanto, a forma mais comum é a congênita, afetando, sobretudo, as mulheres.
Os sintomas normalmente manifestam-se na idade adulta, entre 30 e 40 anos, sendo que os mais frequentes são: quadro de dor na região cervical, dor de cabeça forte, enfraquecimento muscular, variação da sensibilidade dos membros (dormência) e falta de equilíbrio.

Além desses sintomas, pode surgir também: transtorno na visão, tontura, zumbido, problema de deglutição, palpitação, apneia do sono, redução das funções motoras e cansaço intenso.

A confirmação se dá por meio de uma Ressonância Magnética a qual apontará a má formação na ligação entre o crânio e a área cervical.

Caso surjam sintomas que evidenciam a degeneração neurológica ou a progressão da doença, é recomendada a cirurgia.

A FISIOTERAPIA tem um papel importante, intervindo na diminuição do quadro de dor, atuando na redução e prevenção da incapacidade motora, como também melhorando a capacidade respiratória.

Além da má formação de Arnold-Chiari tipo 1, há também mais 4 tipos: 0, II,III e IV.